A Tacada do dia...

segunda-feira, agosto 27, 2007

Braga.. cidade do amor..


Uma estátua de um antigo bispo de Braga a segurar um báculo com formas que lembram um pénis abriu polémica entre a câmara local, a diocese e a junta de freguesia mas tornou-se numa das atracções turísticas da "cidade dos arcebispos".

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domingo, agosto 26, 2007

Há coisas fantásticas, não há?

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sexta-feira, agosto 24, 2007

Spam Cómico

Alguns assuntos de mails interessantes que recebo na pasta de spam..
I just started dating a guy I like, but his shaft is on the small side and doesn't really satisfy me

When I tried to give him oral sex, I practically choked. How do I do it without gagging? Please help!

You will be able to penetrate deeper

My boyfriend's penis keeps slipping out.

My new guy's pecker is enormous, and my mouth is tiny.

Make your manhood massive

Become the ultimate pleasure machine

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O nosso primeiro é o mÁior!


quarta-feira, agosto 22, 2007

Simbolo Internacional do Casamento



Talvez eu propria esteja à beiro da casamento, e nesse caso, era bom que fosse assim! :D

terça-feira, agosto 21, 2007

A moral...

O Presidente da República afirmou ontem que Portugal "tem de viver com o dinheiro que tem" e deve utilizá-lo bem a favor das populações, para que o país deixe de ser notícia internacional por violação das regras orçamentais comunitárias.

O "nosso" Presidente recebe actualmente três pensões pagas pelo Estado, distribuídas da seguinte forma:
+ € 4.152,00 - Banco de Portugal.
+ € 2.328,00 - Universidade Nova de Lisboa.
+ € 2.876,00 - Por sido primeiro-ministro.

Isto claro, acumulando com o ordenado de P.R.

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sexta-feira, agosto 17, 2007

Imprensa.. O cavalo de Tróia do Séc. XXI


Mais uma vez, e como seria de esperar, a imprensa internacional dominante e os governos "democratas" do nosso hemisfério, aproveitam mais esta oportunidade para apelidar Chavez de ditador, anti-democrata, de se querer perpetuar no poder, e outros mimos do género..

O problema dos ocidentais é que estão habituados a que os políticos não cumpram o que prometem nas campanhas eleitorais e a que muitas vezes ainda façam exactamente o contrário do que propalaram antes de chegarem ao poder (em certos casos no imediato da chegada aos cargos). E portanto, depois das eleições, a maior parte das vezes, esquecem-se das propostas dos políticos. E a imprensa não faz qualquer questão de as lembrar (longe dela animar a luta de classes).

No entanto, para bem da Venezuela e da democracia popular, Hugo Chavez tornou público, na sua última candidatura, as suas intenções para a nova constituição. E foi eleito com 63% dos votos. E, mais do que isso, irá posteriormente submete-la a referendo popular.

Al hablar del tema, el presidente Chávez expresó que nadie puede acusarlo de que sorprendió al país con una propuesta debajo de la manga.

“Podrán conseguir grabaciones y noticias, antes del 3 de diciembre, en las que en distintos escenarios, ya hablaba de la posibilidad de una reforma y de la reelección presidencial continua”, agregó.

Aseguró que la reelección continua sólo sería una posibilidad que dependería principalmente “de la voluntad, de la capacidad de los factores políticos y a fin de cuentas de la más importantes de todas: de la decisión del constituyente originario, es decir, del pueblo venezolano', concluyó.

La reforma constitucional fue una propuesta anunciada por el presidente Hugo Chávez Frías el 12 de agosto de 2006, cuando formalizó la inscripción de su candidatura ante el Consejo Nacional Electoral (CNE), para participar en la pasada contienda electoral del 3 de diciembre.

La reforma de la Constitución puede ser emprendida, según lo contempla la actual Carta Magna, por iniciativa del pueblo, de la Asamblea Nacional o por el Presidente de la República, tal y como ha sucedido en esta oportunidad. Para su aprobación, debe ser sometida a referendo consultivo popular y universal.
in aporrea.org

Não sendo um adepto de mandatos grandes nem da permanência sine die de políticos no poder, não me inquieta no entanto se essa permanência for ratificada por voto popular e universal. A Venezuela é do povo venezuelano e só o povo deverá decidir quem tomará as rédeas do poder e que políticas aplicará.

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Notícias para animar a malta...


Os lucros obtidos pela GALP (dados fornecidos pela mesma na 2ª semana de Agosto) no 1º semestre de 2007 foram superiores em 71% aos do 1º semestre de 2006. Passaram de 167 milhões de euros para 287 milhões de euros. Enquanto isso com 20 euros nem dá para por 15 litros de gasolina.

Ler mais informações animadoras aqui.

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Estou convencida!!!

Antes de mais, quero começar por pedir desculpa a todas as pessoas que leram os meus comentarios sobre o Sr. Presidente Hugo Chavez. Eh pah, que burra que eu fui! Fui mas vou deixar de o ser. Estou plenamente convencida da boa vontade do senhor. Como todo e qualquer bom democrata, o senhor vai mudar a constituição venezuelana tendo em vista o seu proprio beneficio. Perdão; tendo em vista o beneficio da venezuela, claro! O facto de o numero de mandatos não ser limitado, parece-me importantissimo para o progresso de qualquer pais e com toda a logica, porque a mesma pessoa, muitas decadas no mesmo cargo traz vantagens enormissimas, como é sabido (só ainda não se apurou é para quem, mas está quase!).
Assim sendo, e mais uma vez, peço desculpa e fico a aguardar, anciosamente, que o senhor Presidente se lembre de acabar com a patetice das eleições.

P.S.: este blog não esta com o Cavaco e eu não estou com o Chavez ;)

terça-feira, agosto 14, 2007

Mais uma novela...


No Benfica, Manuel Fernandes, só volta mesmo a jogar no PES...

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segunda-feira, agosto 13, 2007

Digamos a verdade...

Digamos toda a verdade, a RCTV (Radio Caracas Televisão) foi o canal que promoveu, incitou e difundiu o golpe [de estado] na Venezuela. Se há um canal que fizera o mesmo no Equador, eu não esperaria que se acabasse a frequência, seria cancelada imediatamente

Rafael Correa
Presidente do Equador

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Cuidado com as cáries

Ganhar aqui é como lavar os dentes

Jesualdo Ferreira (a propósito do jogo da Supertaça)


É assim que se lava os dentes, Jesualdo:

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sexta-feira, agosto 10, 2007

Einstein, o físico revolucionário


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Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.
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in Porquê o Socialismo?, Albert Einstein

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quinta-feira, agosto 09, 2007

O que a Perestroika e a Vuitton têm em comum...

O Muro..
O Capital..
O Palhaço da testa manchada..

participação de Gorbatchev numa campanha publicitária da Vuitton

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quarta-feira, agosto 08, 2007

Chavez vs. Tânia (round 2)

Está muito bem composto o teu post e só revela que te interessas imenso pela história mundial, mas... "essa não é a questão fundamental". Quer dizer que as pessoas serem proibidas de usar determinado tipo de vestuário ou aderessos não tem a mínima importância. Ter um presidente que manda fechar canais de televisão, porque falam mal dele (ainda que injustamente, segundo o que tentas-te porvar), também é pacífico e deve ser encarado com naturalidade. Ter um presidente que tem um tempo de antena reservado para se publicitar, a si próprio(espera lá, será por isso que as pessoas o adoram? Qtos milhões de analfabetos é que há lá?), todos os dias e às vezes aparecer a "chorar" a dizer que o querem matar também é um sinal da sua boa vontade?! Eh pah, no fundo no fundo, toda a gente tem boas intensões (até o Hitler, que só queria que os Alemães tivessem melhores condições de vida ao invés de estarem subjogados aos judeus. E os alemães tb o elegeram livremente e gostavam muito dele!), quanto mais não seja porque lutam por aquilo em que acreditam. O problema é que mtas vezes, para atingirem os seus objectivos (por mais nobres que sejam) seguem por caminhos que eu não quero nunca percorrer!

Tânia

O caso que referiste tem importância... não tem é a importância que lhe queres fazer passar.. e reafirmo que não é, nem de perto nem de longe, a questão fundamental.

Quanto ao "fechar canais de televisão" é incorrecto.. Não foi fechado nenhum canal de televisão (e o governo poderia o ter feito já que a maioria desses canais - liderados pela RCTV - participaram activamente no golpe de Estado de 2002, divulgaram notícias falsas, proibiram os seus repórteres de noticiar a derrota do golpe e passavam imagens subliminares).. Já agora.. 80% das estações de televisão são privadas. Em relação à RCTV, esta não foi encerrada, só não foi renovado o contrato que lhe permitia transmitir naquele espaço hertziano (como sabes o espectro radioeléctrico é limitado). Isto porque em 87, muito antes de Chavez e o seu governo chegarem ao poder, foi criado um decreto em que se estabelecia que as concessões teriam uma duração de 20 anos, com possibilidade de renovação. Mais, dizer que a RCTV fechou é mesmo uma falsidade. A RCTV deixou de ter transmitir em sinal aberto, mas continua a transmitir por cabo e satélite. O sinal que era ocupado pela RCTV é agora utilizado por uma televisão de carácter social e público. Os EUA, o Reino Unido, a França, o Canadá e a Espanha entre outros têm vários casos de revogação de licenças (incluindo as de cabo!).

Em relação ao programa "Alô Presidente" parece-me demagógico. Num país com tantas televisões em canal aberto só vê o programa do Chavez quem quer.. podias apontar isso se o caso fosse por exemplo o que tinhas em Portugal com a "Conversa em Família" do Marcello Caetano, em que só dispunhas da televisão pública.
Isso do o quererem matar não tenho grandes dúvidas. Podes ler em vários sítios de informação (incluindo os grandes meios de comunicação) entrevistas de opositores (internos e externos) a clamar o seu assassinato como único meio para mudar o rumo na Venezuela. Também podes ler sobre planos e tentativas falhadas para tal. Os EUA, pela mão da CIAm têm aliás, um passado bastante interessante nesse campo.. Claro, que só daqui a 50 anos, quando os documentos forem abertos ao público é que verás os planos concretos (tal como aconteceu agora com a publicação de vários planos para assassinar o Fidel a seguir à revolução cubana).

Em relação ao Hitler já estás a entrar por um caminho muito mau. Apesar de apontares, com razão, que ele foi democraticamente eleito (chanceler da Alemanha no final de Janeiro de 1933, sem no entanto o NSDAP ter tido maioria), esqueces-te certamente que depois de tomar o poder, fabricou o incêndio do Reichstag (o Parlamento nazi), insinuando que tinham sido os comunistas a fazê-lo e aproveitando para prender mais de 4000 opositores (alemães e outros) e solicitando ao presidente o decreto do estado de emergência, a suspensão do habeas corpus e a reintrodução da pena de morte. No processo de Leipzig foram julgados 3 búlgaros (o Dimitrov - que aproveitou o julgamento para o inverter, acusar o regime e desmascarar fascismo e as suas mentiras, o Tanev e o Popov). O julgamento foi largamente publicitado e difundido a nível mundial pelo regime de forma a fazer crer à opinião pública (nacional e internacional) que o incêndio do Reichstag era obra dos comunistas. No entanto, no fim do julgamento, apenas foi condenado van der Lubben, que confessou o crime quando foi apanhado e torturado pela Gestapo, e que negou que tenha existido qualquer conspiração comunista. Para mais informações sobre este julgamento recomendo a leitura do livro "O Processo de Leipzig". Depois é a história que se sabe.. e não foram judeus... basicamente foi tudo o que não era alemão.. e ainda tudo o que fosse alemão e se opusesse ao regime... Além do mais, as próprias condições do Povo alemão (os que não eram perseguidos, torturados e/ou mortos) não foram melhoradas. Mas isso é outra história de que podemos falar depois. Em jeito de conclusão, parece-me perverso e nocivo, comparares de qualquer forma que seja Chavez a Hitler e o III Reich à V República.

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terça-feira, agosto 07, 2007

Chavez vs. Tânia

Em reacção a este post de crítica à posição dos média em relação a Hugo Chavez, a Tânia, leitora e contribuinte (ainda que preguiçosa) do blog, teceu o seguinte comentário:
Não posso negar que me irrita um bocado qd ouço ou leio alguma coisa a defender o Chavez! E isto porquê? Porque me farto de ouvir historias, em discurso directo, de venezuelanos ou imigrantes na Venezuela a dizerem que o gajo é um ditador do catano. E eu pergunto: Um gajo que não permite que as funcionarias publicas, durante a hora de expediente, usem coisas como calças, maquilhagem ou pintura no cabelo, merece a defesa ou a consideração de alguém?! Hummm deixa ca pensar... se calhar NÃO!
Eh pah eu não sou, nem de longe nem de perto, uma admiradora dos EUA ou das politicas deles, mas acho que, o facto de os politicos americanos só fazerem merda, não justifica que os ditadores floresçam a cada canto e esquina e que a malta ainda diga: "eh pah, coitadinho daquele gajo, os americanos não o deixam em paz!"



Parece-me um simples "fait-diver" apontar ao Chavez e ao seu governo (democraticamente eleito como tanto gostam as burguesias ocidentais pró-capitalistas e com eleições monitorizadas e com a chancela organizações e de homems como Jimmy Carter que não poderão, certamente, ser acossados de proximidade ou apoio a regimes socialistas da américa latina) uma política no mínimo estranha. No entanto, não devo, não posso e não vou colocar em causa um sistema político por uma lei, que a existir, no máximo apelidarei de estúpida.

Desde o ínicio da sua história que os países da América Latina têm sofrido, primeiro com o imperialismo (principalmente espanhol, português e inglês - que levaram à destruição de grandes sociedades como a Inca ou a Asteca ), que levou a que a maior parte dos povos indígenas fossem massacrados e dizimados ou pelo menos exilados e mal tratados em pequenos nichos do seu País. A partir das colonizações e como qualquer boa colonização que se preze, as populações, os recursos e as terras foram submetidos às necessidades e às políticas do pais colonizador, sempre em detrimento das aspirações e necessidades (incluindo as básicas) das populações.

Depois de algumas revoluções e guerras no continente e chegados ao séc. XX, quando o "grande irmão do norte" já era o principal importador de produtos e matérias primas dos países da América do Sul, dá-se a crise económica nos EUA em 29 (a Grande Depressão). A crise propaga-se então pelo continente e tem como consequência o impulso e a subida de candidatos populistas e regimes ditatoriais em alguns Países. Os EUA no entanto criam políticas para aumentar a influência económica no continente sul americano. Entre os anos 50 e 90 o continente, salvo raras excepções, é dominado por ditaduras militares (Videla na Argentina, Pinochet no Chile, Stroessner no Paraguai, Brasil, etc). Estes regimes subiram ao poder com o apoio dos latifundiários, da burguesia nacional e do vizinho do norte (o caso mais mediático é sem dúvida o golpe de estado de Pinochet e o assassinato de Allende no Chile, depois de democraticamente eleito pela Unidade Popular, coligação com o apoio de socialistas, comunistas e democratas-cristãos). A partir dos anos 70, estes regimes militares, realizam a Operação Condor, acção conjunta, financiada monetariamente e com apoios logísticos e treino militar oferecido pelos EUA (presumo que fundamentalmente, na Escola das Américas fundada no Panamá em 1946 pela CIA), com o intuito de coordenar a repressão a opositores de "esquerda" (principalmente comunistas e socialistas). Esta operação só cessaria na década seguinte com a queda de alguns desses regimes. A operação saldava-se assim em dezenas de milhares de mortos e desaparecidos e perto de meio milhão de presos políticos. Além da perseguição política estes regimes tiveram como consequência o crescimento da pobreza, o aumento brutal das desigualdades sociais e a entrega dos recursos e matérias primas às oligarquias nacionais e multi-nacionais norte-americanas.

A história da América Latina é rica em diversidade e em cultura (diria mesmo que neste aspecto é o continente mais rico do planeta). No entanto desde cedo seguiu as mesmas linhas fundamentais. A opressão iniciada pelos (diversos) colonizadores que dizimaram as populações indígenas e instituiram um cunho económico e exportador destas sociedades (sociedades estas extremamente ricas em recursos e matérias primas e com populações extremamente pobres comparadas com o resto do mundo) ainda hoje persiste ainda que de uma forma diferente. Hoje já não encontramos um colonialismo primário de ocupação territorial. Nem tal é necessário. Hoje os países da América do Sul (devido ao seu passado recente) estão economicamente colonizados pelos Estados Unidos. As desigualdades sociais que se multiplicam nesses países, as crises económicas cíclicas e a extrema dependência dos mercados internacionais (principalmente o Norte-Americano), caracterizam indubitavelmente os países sul-americanos.

E os povos da América Latina devem libertar-se das correias que os oprimem e tomarem em mãos os seus destinos. E, a meu ver, foi isso que o povo da Venezuela fez. A Venezuela é provavelmente, senão o, um dos países mais ricos da América Latina (e até do mundo). Exportam petróleo há quase 100 anos e eram um dos países com a maior taxa de pobreza do continente (à volta de 80% da qual 40% era extrema) e um número bastante elevado de analfabetos (perto de 2 milhões). E o povo escolheu mudar. E nem sequer foi por um golpe de estado ou uma revolução (como os ocidentais tanto gostam de atacar quando se trata de implementação de regimes socialistas e se esquecem nos outros casos). Foi por eleição democrática e universal na Venezuala. Foram os Venezuelanos que lá puseram Chavez e a sua política. E confirmaram e reconfirmaram várias vezes (mais do que em qualquer outra democracia mundial):

Em 98 Chavez foi eleito com 56% dos votos.
Em 99 foi realizado um referendo popular para convocar uma Assembleia Constituinte para substituir a constituição nacional. 80% votaram a favor.
Essa Constituinte realizou a nova constituição e submeteu-a a novo plebiscito(!). Tendo sido aprovada por 71.21% dos eleitores.
Em 2000, devido à nova constituição, foram realizadas novas eleições onde Chavez voltou a ser eleito por maioria absoluta, desta vez com 59.7% dos votos.

Depois destes plebiscitos e porque a oposição interna e os norte-americanos não gostaram do resultado (a democracia só é boa quando ganham os que eles querem), em Abril de 2002 dá-se o golpe de estado que durou aproximadamente 48 horas (!). Depois como não conseguiram, nem nas urnas, nem pelo golpe tomar o poder, a oposição (democrática claro) tentou a sabotagem económica (incluindo uma greve que durou 9 semanas).
Depois, no final de 2003, recolheu as assinaturas necessárias para a realização de nova consulta popular para depor Chavez.
O novo referendo, realizado em 2004, apoiou a permanência de Chavez na presidência até ao fim do mandato. Desta com 58.25%.

Mais uma vez a oposição (sempre democrática, curiosamente sempre derrotada) alegou que tinha sido cometida fraude. No entanto os observadores internacionais presentes durante o processo (incluindo o Guterres e o ex-presidente norte americano Jimmy Carter) confirmaram a legalidade e normalidade do referendo. Os próprios EUA, apesar de com algum atraso, reconheceram também a vitória de Chavez. Coisa que certamente não aconteceria se um único vestígio de ilegalidade tivesse ocorrido nestas eleições.

E agora, novamente, em 2006, Chavez voltou a ser eleito com mais de 62% dos votos.

Posto isto, e concordando ou não, com as políticas do governo venezuelano não entendo (ou se calhar até entendo) porque continuam a apelidar o Chavez de ditador.

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MaddieTV - O Big Brother macabro

A investigação do caso Madeleine registou uma reviravolta. ...

A tese inicial de que se trataria de um rapto dá agora lugar à possível morte da criança, em circunstâncias e contornos pouco claros.


Durante meses optei por não falar no assunto a não ser com algumas pessoas mais próximas. O mediatismo, a hipocrisia e a subserviência em que Portugal viveu este caso torna-nos ainda mais uma República das Bananas.

Desde o início desta história que condeno a comunicação social que tornou isto em mais um Big Brother, a polícia portuguesa que foi subserviente em relação à polícia inglesa e aos média e ajudou a tornar o caso uma palhaçada, e às pessoas que andavam todas muito preocupadas a enviar mails para toda a gente por causa do desaparecimento de uma menina bonita E inglesa e que se esquecem que diariamente morrem quase 20 mil crianças à fome no mundo e ninguém faz nada por isso.. Mais.. mesmo que o caso fosse o de um rapto - o que agora meses depois se exclui (sic) - tenho a certeza que se ao invés de uma menina loirinha inglesa das praias do algarve tivesse sido raptado um menino negro sem condições económicas da amadora garantidamente nem teria aparecido nos grandes meios de comunicação social (televisões) - quiçá nem em jornais de referência (talvez em alguns regionais e locais) - e muito menos se teria criado a novela que foi criada à volta da pseudo-história da Maddie e dos seus fantásticos papás (que vão jantar e deixam três filhos pequenos em casa sozinhos) que até hoje eram vítimas (sic).

Prova de que este caso tem exclusivamente a ver com as condições económicas e nacionalidade dos intervenientes é que actualmente estão dezenas de crianças desaparecidas e ninguém fala nelas e nunca lhes foi dado o espaço e a ribalta deste caso. O único caso razoavelmente conhecido e que ainda assim não foi - nem de perto nem de longe - divulgado como este foi o do Rui Pedro (desaparecido em 1998(!)). A própria mãe dele referiu nos Prós e Contras de há uns meses que nunca lhe foi prestado o apoio (psicológico entre outros) nem a policia se pôs em campo como desta vez. Fora o caso do Rui Pedro, eu próprio desconheço os nomes ou as caras dos rapazes e raparigas desaparecidos em Portugal.

Uma coisa estranha é que só hoje se coloque o possível envolvimento dos pais no que quer que tenha acontecido. Como se fosse normal o comportamento deles no dia do "desaparecimento" da menina. Nos casos mediáticos que temos visto têm sido sempre postos em causa os familiares próximos nos crimes ou pelo menos com algum tipo de envolvimento. No caso dos McCain só meses depois é que vem à luz do dia a possibilidade de os pais poderem estar de alguma forma envolvidos. O casal soube aproveitar muito bem desde o início as luzes que lhe foram apontadas pela comunicação social.

Como é óbvio não sei o que se passou mas, e esta sempre foi a minha opinião, independemente de estarem directa ou indirectamente relacionados com o crime (qualquer que tenha sido) o casal inglês é pelo menos culpado por negligência e devia ser efectivamente julgado por isso nos locais próprios (e não criar mais uma novela à volta do caso).

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segunda-feira, agosto 06, 2007

Falar mal de Chavez - Desporto Internacional dos Média



Lembrete pendurado na frente de jornalistas da mídia oligárquica:

1. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel do Estado, desqualificado e enterrado por nós há tempos.

2. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele se diz anti-imperialista e esse é um tema proibido na mídia há tempos.

3. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele funda um novo partido, quando martelamos todos os dias que todos os partidos são iguais, que são negativos, que sempre refletem interesses de grupinhos.

4. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel da política, quando todo o trabalho cotidiano da mídia é para dizer que a política é irrecuperável, que só a economia vale a pena.

5. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele vende petróleo subsidiado aos países que não podem pagar o preço do mercado - inclusive a pobres dos Estados Unidos -, o que evidentemente fere as leis do mercado, pelo qual tanto zela a midia.

6. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele é um mau exemplo para os militares, que só devem intervir na política quando seja necessário um golpe militar e nunca para defender os interesses de cada nação.

7. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele ataca a mídia privada e fortalece a mídia pública. Porque ele acabou com o analfabetismo na Venezuela, tema sobre o qual devemos calar. Porque ele vai diminuir a jornada de trabalho em 2010 para 6 horas e esse tema é odiado pelos patrões.

8. Devo falar mal de Hugo Chávez porque assim me identifico com os interesses do dono do meio em que trabalho, garanto o emprego, fortaleço os partidos e as empresas aliadas do patrão.

9. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele faz com que se volte a falar do socialismo, depois que nos deu muito trabalho tratar de enterrar esse sistema, inimigo do capitalismo, a que estamos profundamente integrados.

10. Devo falar mal de Hugo Chávez (e de Evo Morales e de Lula e de todos os nao brancos), senão eles vão querer dirigir os países, os jornais, as televisões, as empresas, o mundo. Será o nosso fim.

Emir Sader

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Confirma-se

Confirma-se o que dissemos aqui há exactamente um mês...

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O País (e o mundo) em que vivemos...

8,7 milhões por apartamento

Este é o preço a que está a ser comercializado o mais caro dos apartamentos ainda disponíveis no Estoril Sol Residence, o condomínio de luxo que vai começar a ser construído no início do próximo ano, no local onde, até há cinco meses, se erguia o emblemático Hotel Estoril Sol, que durante 40 anos assinalou a entrada da vila de Cascais.
...
Havia um outro mais caro, mas a imobiliária não quis revelar o preço por já ter sido vendido.


Estas notícias dão-me uma enorme vontade de trabalhar e produzir para que os senhores deste país possam comprar as suas parcas habitações..
A bem da nação!


E tu? Em que mundo vives?

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sexta-feira, agosto 03, 2007

All we need is love

All we need is love.. love de todas as maneiras.. love por trás, love pela frente, love de lado, love na boca, love no cú.. love em todo o lado!

Jel

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quinta-feira, agosto 02, 2007

A Igreja e o Estado

Uma das mais importantes operações estratégicas agora em evidência em Portugal - imaginada, manipulada e desvirtuada pelos seus próprios agentes - é a da existência de um conflito entre o poder político socialista e a igreja católica. Nem a igreja é católica e cristã, nem o Estado é socialista.

Jorge Messias

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quarta-feira, agosto 01, 2007

Comentários às notícias das férias #1

Em Espanha, após a introdução da política de apoio à natalidade (2500 euros de incentivo por criança), uma revista publicou o seguinte cartoon retratando os príncipes lá do reino...


«Já imaginaste se ficasses grávida», «isso seria o mais próximo de trabalhar que fiz em toda a minha vida».


O cartoon é brutal, podendo ser encarado como uma crítica a uma medida eleitoralista de Zapatero e ao mesmo tempo uma crítica à desocupada monarquia espanhola. Consequência do cartoon:
O juiz espanhol Juan de Olmo ordenou a confiscação de todas as cópias da edição da revista satírica El Jueves em cuja capa aparece uma caricatura «irreverente» dos Príncipes das Astúrias num acto sexual
...
O documento requer ainda que o director da revista identifique os autores das caricaturas, que podem ter violado dois artigos do código penal que prevêem penas de até dois anos de prisão para quem calunie ou injurie o rei ou os seus descendentes.



Além desta decisão também não deixa de ser curiosa a opinião do vice-presidente da Federação espanhola de Humoristas Gráficos espanhola, José María Varona, que considerou que a El Jueves «exagerou» na caricatura que fez dos Príncipes, defendendo que a liberdade de imprensa «deve ter limites».

Assegurando ser um «defensor da liberdade de imprensa», o responsável defendeu que, neste caso, essa liberdade «deve ter limites».


Posteriormente, em 25/7, e não obstante do ridículo da situação a comédia continuou...
Os autores da caricatura publicada na revista El Jueves e que um juiz espanhol mandou retirar de venda, explicaram hoje que pretendiam usar a popularidade dos Príncipes das Astúrias para criticar uma medida de apoio à natalidade do governo.
...
Guillermo, o autor da caricatura, e Manel Fontdevilla, guionista da página, foram interrogados durante quase duas horas por um juiz de instrução em Madrid, a que explicaram que não pretendiam injuriar o sucessor da coroa.


Afinal parece que há alguns assuntos intocáveis na comunicação social... Por onde andam hoje os arautos das democracias ocidentais que tanto apregoaram, durante meses, a liberdade de expressão aquando dos cartoons que retratavam Maomé como um terrorista e que tiveram uma forte contestação do povo muçulmano?

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