O nosso magnífico exterminador implacável quer dar cabo do Estado que governa mas ainda não conseguiu. Apesar disso vai no bom caminho. O Estado da Califórnia, governado por Schwarzenegger,
caminha a passos largos para a bancarrota.
Apesar da situação, o Arnaldo ainda tenta impingir algumas daquelas tretas neoliberais - como se não fossem elas a razão da crise - de redução de custos e privatizações e aproveitar assim para dar mais umas machadadas no ensino, na saúde e no sistema prisional do estado. No entanto mantém intacto o orçamento com a segurança «que sustenta um autêntico exército privado».
O problema é que o Arnaldo tem poucos anos disto e ainda não é um político experiente aqui como os do burgo português e europeu. Conclusão, resolveu fazer um referendo ao seu plano para a crise da Califórnia. Como não seguiu o magnífico exemplo da democracia europeia e como a população da Califórnia não estava com grande vontade de pagar, mais uma vez, a factura da crise a maior parte das suas medidas anti-sociais foram chumbadas pelos eleitores com maiorias entre 60 a 70 por cento. Apenas uma medida foi aprovada com cerca de 75% dos votos: o congelamento dos salários do governador, dos deputados estaduais e dos titulares de altos cargos na função pública.
Se o Arnaldo tivesse telefonado ao Sócrates, ao Sarkozy, ao Durão, à Merkel, ao Brown ou a outros líderes europeus tinha sido informado que isso dos referendos só dá chatices e que o melhor, se não houver garantias de aprovação, é não fazer referendo. Arnaldo, como os nossos políticos bem sabem, tem de ter muito cuidado, porque como diria o Aleixo,
Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo
calai-vos que pode o povo
querer um mundo novo a sério.
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