Generosamente estúpidos!

Pouca gente me causa tanto asco como o governador do Banco de Portugal.

Por esta altura, Vítor Constâncio e entidade a que principescamente preside há uns anos e que deveria regular o sistema financeiro deviam andar enfiados num buraco à espera que se esquecessem que eles existem. Não fizeram o que lhes competia e agora o Estado - misericordioso - que gosta tanto de privatizar sectores lucrativos nacionalizou um banco falido por cerca de 800 milhões de euros (por enquanto) e pôs à disposição da restante banca 20 mil milhões de euros!

Apesar dos milionários salários que Constâncio e os amigos da Direcção recebem e do lodo em que se encontra a banca nacional, o Banco de Portugal veio comentar a estatística que mostra que os portugueses demoram cada vez mais tempo e encontrar novo emprego depois de perderem o que têm, afirmando que isso se deve ao generoso subsídio de desemprego que recebem.

Para estes senhores, o problema não é a falta de emprego, a extrema precariedade e a miséria de salários que se praticam em Portugal. Aparentemente as pessoas que são despedidas ficam em casa a gozar o magnífico subsídio calculado com base nos opulentos salários que recebiam enquanto empregados: o montante diário do subsídio de desemprego é igual a 65% do valor da remuneração de referência.

Penso que a maioria das pessoas desempregadas do país tem o mesmo recado para o Banco de Portugal..


Para quando um sistema de avaliação, ao estilo SIADAP, e uns ordenados como os da maioria para os gestores do Banco de Portugal?

ps: Os rendimentos do trabalho dependente do senhor Constâncio totalizaram os 280 889,91 euros em 2005, segundo a declaração entregue por este no Tribunal Constitucional. Fora as mordomias como carros de alta cilindrada e motorista privado, telemóveis, créditos mais baratos, entre outros. Somos tão generosos que até o motorista pessoal de Constâncio teve direito a um carro para uso particular. Ver mais da nossa generosidade aqui (e requisitar pdf na caixa de comentários).