Na quinta dos Silvas..

Este foi um bom fim-de-semana. Todos os fins-de-semana com Congressos do PSD são bons fins-de-semana. Gosto de ver Congressos do PSD. Aquelas lutas fracticidas pelo poder são melhores que ver um combate de Luta Livre. Só que neste caso não há sangue. Só sumo de laranja.

Ficam então algumas notas soltas sobre esse magnífico evento que ocorreu em Mafra.

Um dos militantes propôs a criação do MRPPD. Nada de especial tendo em conta que muitos dos seus dirigentes e ex-dirigentes vieram do MRPP ou projectos semelhantes.

Fernando Costa, Presidente do Município das Caldas da Rainha, assumiu o que todos os autarcas do PSD deviam assumir quando disse - ainda que insinuando que era brincadeira - que «se eu não fosse mentiroso não era presidente da câmara». Brincadeiras à parte o discurso deste senhor foi provavelmente a parte mais alta do Congresso. Deu-me a sensação que na altura da intervenção de FC Manuela Ferreira Leite estava a tentar ver qual o melhor sítio para cavar um buraco onde se enfiar.

Ferreira Leite que diga-se começou bem o congresso a levar com uma camâra de um operador de televisão logo que chegou a Mafra. Depois disso, e fora aquele momento em que quase que brilhava a ler um discurso com dois anos, passou o Congresso entre o dormir e o brincar alheadamente com uma tesoura.

Outro momento giro foi quando Passos Coelho tentou dar a mão a Alberto João Jardim e a única coisa que conseguiu foi que João Jardim fosse dar o braço a Paulo Rangel.

Para acabar em beleza foi aprovada uma moção, que impede que os militantes falem contra a Direcção nos 60 dias anteriores a actos eleitorais. Moção essa que pelos vistos nenhum dos candidatos aprova e que irão revogar quando chegarem ao poder.

Foi um congresso giro. Mas poderia ser muito melhor. Queremos o regresso da eleição do líder em congresso!