Afinal não eram maçãs podres

O Senado norte-americano, após a libertação de quatro relatórios confidenciais, fez um relatório onde finalmente os EUA assumem que as torturas, denunciadas por centenas de organizações internacionais, não eram apenas actos isolados de alguns guardas prisionais a actuar indevidamente por sua própria iniciativa. O relatório vem agora comprovar a teoria de que toda a cúpula política e militar norte-americana esteve envolvida nestes processos.

Segundo o relatório, na Primavera de 2003, Rice (Secretária de Estado), Rumsfeld (Secretário da Defesa), Cheney (Vice-Presidente), Tenet (Director da CIA) e Ashcroft (Procurador-Geral) participaram na reunião em que foi acordado que o programa de torturas «era legal e reflectia a política da Administração".

As instruções aos comandos militares terão sido passadas após essa reunião. No entanto, já antes, em Julho de 2002, Rice tinha aprovado o recurso à simulação de afogamento sobre Abu Zubaydah, um dos líderes da Al-Qaeda detidos pelos EUA.

(fonte: Diário de Notícias 20090424, ler notícia completa aqui)