Eu não sou contra a cimeira da NATO
É verdade. Por estranho que para alguns possa parecer, eu não sou contra a realização da cimeira da NATO em Lisboa. Apesar de achar no mínimo caricato que se gastem milhões de euros para um evento num país em que os sucessivos governos choram uma crise há anos - mesmo tendo em conta os lucros milionários da Banca e das grandes empresas - e em que se prepara o terreno para a entrada apoteótica do braço "armado" da finança internacional - o FMI - não sou contra este circo em Portugal. É me perfeitamente indiferente se a cimeira da NATO é feita em Portugal, na França, nos Estados Unidos ou no Burkina Faso. Eu sou é contra a NATO. A organização que pela boca de muitos foi criada para fazer frente ao Pacto de Varsóvia (apesar deste ter sido criado seis anos após a NATO) está envolvida ou é responsável, desde a queda do bloco soviético, por todas as grandes agressões militares mundiais. O desmembramento da Jugoslávia - que em 1999 era o único grande país ainda não alinhado com a "cultura" capitalista ocidental - e o bombardeamento da Sérvia durante mais de 2 meses foram alguns dos grandes feitos da organização. Curiosamente, a NATO nunca ponderou a hipótese de bombardear e invadir Israel para os fazer cumprir os acordos internacionais e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Por falar em ONU e o seu CS (do qual agora fazemos parte), isso serve para quê mesmo?
Etiquetas: História, Internacional, Nacional, Política
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