E por falar em Espírito Santo..
A PJ fez esta quarta-feira buscas na sede do BPN e na casa e no gabinete de um vereador de Coimbra, por suspeitar da utilização do banco, e de sociedades financeiras ligadas ao mesmo, na canalização de "luvas" pagas em negócios dos CTT.
O vereador visado pelas buscas, Marcelo Nuno, dirigia a dependência de Coimbra da corretora Fincor (sociedade financeira do grupo BPN), quando, em Março de 2003, a administração dos CTT de Carlos Horta e Costa vendeu um prédio que detinha na cidade, por 14,7 milhões de euros, à Demagre. Esta empresa, braço instrumental da Tramcrone, de Júlio Macedo e Pedro Garcês, revendeu o edifício por 20 milhões de euros, no mesmo dia, à Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF).
Parte das mais-valias de cinco milhões poderá ter sido usada para pagar, nomeadamente, comissões a empresários e/ou políticos que terão garantido à ESAF contratos de arrendamento com entidades públicas, como o Tribunal Administrativo de Coimbra, os próprios CTT e a Associação de Informática da Região Centro, mas também com uma clínica que assegurou um protocolo de financiamento da Administração Regional de Saúde do Centro.
Em 2003, Marcelo Nuno também presidia à Concelhia de Coimbra do PSD, cuja Distrital era liderada por Paulo Pereira Coelho, outro alvo de buscas na investigação. Esta, de resto, já originou dezenas de buscas e tem cerca de 30 arguidos, entre advogados, autarcas de Coimbra, outros políticos e/ou empresários.
"Não tenho nada a ver com a situação, não conhecia as pessoas que estavam no negócio e estou disponível para prestar todos os esclarecimentos às autoridades", reagiu ontem, ao JN, Marcelo Nuno.
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Jornal de Notícias 20090416
Como diria o outro, isto anda tudo ligado. O que vale é que são todos inocentes.
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