O ano passou e a Faixa de Gaza continua a sangrar

Hoje é o sétimo dia consecutivo dos bombardeamentos da força aérea israelita sobre a Faixa de Gaza. O número de vítimas já ultrapassa as 400. Já se sabe que Israel, ao contrário da teoria avançada do direito de defesa contra os ataques do Hamas, já preparava esta intervenção militar há mais de seis meses.

No início eram os países vizinhos árabes. Depois a OLP e Arafat. Actualmente é o Hamas (grupo radical-islâmico que Israel ajudou a constituir em 87 para combater a influência da OLP e de Arafat e para criar cisões no seio do movimento palestiniano).
Por décadas e décadas se vai justificando a opressão e o massacre de todo um Povo. A ocupação, o roubo das terras, a destruição de casas, o arrasamento de aldeias inteiras, os milhões de refugiados, os colonatos, os checkpoints militarizados, as prisões e os assassinatos indiscriminados, as regulares intervenções militares, os guetos, o muro da Cisjordânia, etc.

E o Mundo continua a olhar para o lado. Afinal, Israel, um Estado reconhecido há 60 anos que dispõe de um dos mais poderosos exércitos do mundo e da possivelmente melhor Secreta do planeta, tem o direito de se defender contra uns tantos fundamentalistas. Mesmo que para isso tenha que massacrar toda uma população.