34 anos depois do 25 de Abril que balanço fazer?
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
in Liberdade, Sérgio Godinho
34 anos depois do 25 de Abril que balanço fazer?
A Paz - Ainda que não no nosso território, apoiamos e dastacamos militares para guerras injustas para os seus povos num simples seguidismo e subserviência em relação aos interesses dos EUA e outros parceiros da NATO.
O Pão - O pão subiu 60 vezes desde 74! No entanto o salário mínimo subiu apenas 25.. a par do pão, outros bens de primeira necessidade tiveram aumentos brutais como o leite e os ovos. No entanto graças a políticas como a PAC temos vindo ao longo dos anos, devido às quotas que nos impõe e para regular os preços de mercado, a deitar fora - ou deixar de produzir - estes bens essenciais.
Habitação - Para quem tem empréstimos à habitação cada mês que passa é uma nova dor de cabeça. A nossa ligação umbilical à Europa e às políticas neo-liberais do Banco Central Europeu tem como consequência que paguemos as crises da economia mundial, como é exemplo a recente crise imobiliária dos EUA. Para além disso com o fim de políticas como os créditos à habitação bonificados para jovens torna-se impossível para os novos casais - de emprego precário e mal renumerado - poderem constituir família e sair de casa dos pais. Além da compra também o arrendamento é hoje atacado. A nova lei do arrendamento jovem (Porta 65) torna hoje extremamente difícil - muitas vezes impossível - o subsídio para os jovens que desejam arrendar uma casa. No entanto continuam milhares de casas ao abandono e pessoas que acumulam habitações.
Saúde - De fecho em fecho e de privatização em privatização até à derrota final. O direito à sáude pública, universal e gratuita deveria ser um pilar fundamental da nossa sociedade. No entanto este é também um negócio extremamente apetecível para alguns. E devido a isso cada vez se fecham mais serviços, saps, urgências, centros de saúde e se fecham ou privatizam (parcial ou totalmente) Hospitais. Não deixa de ser paradoxal (pelo menos para os mais desatentos) o encerramento de maternidades e outros serviços em diversas localidades num dia e o pulular de clínicas privadas nessas mesmas localidades no outro.
Além disto, no que ainda resta de "público", ainda se aumentam e se criam novas taxas no acesso à saúde. Caminhamos para uma situação em que só os (poucos) que puderem pagar terão direito à Saúde.
Educação - Não é muito diferente do caso da Saúde ainda que as populações o sintam menos. As propinas, as revisões dos estatutos das escolas (com o afastamento dos alunos dos orgãos de gestão), o processo de bolonha, a entrega a gestores e as passagens a fundações tem todas o mesmo sentido, a privatização do Ensino Superior em Portugal. As consequências de tal é o progressivo afastamento de cada vez mais estudantes do Ensino Superior. Para além da injustiça social que isto representa para estes estudantes será o País a pagar esta factura a médio/longo prazo com a falta de qualificação da massa laboral. Em relação aos outros graus de ensino as faltas de condições e de materiais, transportes públicos em localidades condenadas ao desterro e os preços elevados dos manuais escolares são as principais causas do afastamento prematuro dos alunos da escola pública.
Apesar das situações apontadas prejudicarem a maioria dos portugueses é claro que quem sai cada vez pior são os mais desfavorecidos. Enquanto isso as grandes fortunas, baseadas no capitalismo clássico ou nessa nova modalidade que é o jogo da bolsa, continuam a crescer desmesuradamente.
Um outro País e outro Mundo, além de possível, é necessário!
A Luta continua!
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