A Tacada do dia...

terça-feira, julho 08, 2008

O que faz falta é avisar a malta

Excertos da entrevista, à Sábado, de João Proença (Secretário Geral da UGT)
Q: Mas é ou não verdade que o senhor assina tudo o que o Governo lhe põe à frente?
JP: Como a CGTP nunca assina nada, a UGT terá de assinar. Mas já recusámos muitos acordos. É um facto que a UGT se empenhou neste acordo.
Q: Ainda não disse se concorda com o princípio do banco de horas.
JP: Não sou contra nem a favor.
Q: Em política não basta ser - é preciso parecer. O senhor é membro da Comissão Política do PS desde 1980; foi coordenador da Federação de Lisboa; membro da direcção do partido liderado por Guterres; e até porta-voz do PS na Assembleia Municipal de Cascais. Não acha que, com este currículo, é impossível ser-se independente num sindicato?
JP: As decisões na UGT são tomadas sempre por grande maioria. Nunca ocultei a ninguém a minha opção partidária, mas isso nunca condicionou a minha actividade sindical, até porque não tenho duas camisolas.
Q: Não acha que andou em terreno pantanoso quando se manteve calado na discussão do Código do Trabalho, numa sessão organizada pela Comissão Política do PS?
JP: Essa é interessante. Nessa sessão verificouse a intervenção de...
Q: ...de Carlos Trindade, da CGTP.
JP: Deixem-me dizer quem interveio. Foi o primeiro-ministro José Sócrates, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, e o Carlos Trindade. E, diga-se de passagem, o Carlos Trindade interveio para dizer que a CGTP nunca aceitaria acordo nenhum.
Q: E o líder da UGT, que lá estava, não tinha nada para dizer?
JP: Para dizer o quê? Para dizer o quê? Eu estava a negociar com o Governo.
Q: É verdade que se dá bem com os patrões?
JP: Dou-me bem com muitos empresários.
Q: Ficaria chocado se fosse indicado para um cargo público pelo PS?
JP: Seria uma coisa natural.

Entrevista completa aqui


E é isto. O secretário-geral da UGT pelas suas próprias palavras.

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