Da democracia
Descendia o rei
De outros reis e senhores
Matadores
De Índios
(Pois já o diz a sabedoria
Das grandes nações:
Que o único índio bom
É o índio morto).
E então o bom rei quis
Silenciar o índio.
Mas a era dos índios
Calados
Acabara
E o rei saiu da sala
Com a coroa entre as pernas
E a fama de democrata -
Como convém a um rei
Por um grande democrata
Nomeado.
Os democratas, em uníssono,
Aplaudiram.
O índio?
Não! O rei
José António Gomes
Etiquetas: Internacional, Poesia, Política
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