Se à overdose de disparates e vulgaridades se adicionar a recomenDada dose de anticomunismo (primário, secundário e universitário)-eis um programa de modernidade, um autêntico Cabaz de Natal Informativo. Desmontemos, para algum usufruto irónico, um dos tiques da Agenda Político-Mediática. Todos os dias e a todas as horas alguma entidade é acusada de estalinismo e alguma personalidade é arrumada como estalinista. É claro que a maioria absoluta dos arremessadores do estigMatizante dardo nunca procurou saber o que foi ou não foi o estalinismo e alguns dos lançadores de farpas até têm nas paredes molduras com diplomas versados nas matérias mais densas. Acontece que atirar um cidadão ou uma organização para as fossas abissais do estalinismo tem retorno assegurado entre os néscios e não serão poucos a avaliar pelos escrutínios. Não há agremiação ou sujeito de direita desavergonhada ou de esquerda-folk que não dispare amiúde as flechas de caçadores de tesouros tumulares contra tudo e contra todos, mesmo os do seu seio. Independentemente das máculas do estalinismo (de resto, denunciadas, há mais de 50 anos, pelo próprio PCUS), o que se propõe é visar constanTemente o PCP, alvo históRico de imputações de estalinismo. Assim, todos os males ou desentendiMentos nacionais, governaMentais, autárquicos, partidários, culturais ou pessoais passam a ser arrolados como resquícios, espantações ou ressUrgências do Zé dos Bigodes. O PCP apanha, desde o princíPio ao fim da linha, com os desfechaMentos: não estando no Governo nem algo tendo a ver com as questiúnculas das restantes famílias poLíticas nem com as fracturas e facturas raquidianas do Jornalismo de Opinião (e todo o jornalismo é de opinião), serve de alvo parabólico dos guardas brancos do antigo regime. De facto, os besteiros poderiam usar outro veneno ou anáTema nas suas pontas. Mas não. Hitlerianismo, como? Nunca existiu. Salazarismo, como? Nunca existiu. Estaline, esse existiu mesmo. O georgiano é tema central da nossa actualidade. Ainda se arrisca a ter um museu no Portugal Profundo. Maior concentração de miséria filosófica só é localizável na Reserva Social Madeirense, cujo líder ascendeu ao Governo pela subtilieza dialéctica e dialectal ao ponto de considerar cubanos os habitantes, votantes e contribuintes do Contimente. Entre estalinistas e cubanos, o discurso da classe poLítica do Poder e da classe jornalística do Poder não passa de oratória desviante, a fim de que não sejam apontados os reais sujeitos que estão a saquear o país e que enchem as antenas e as páginas de referência.
César Príncipe
Actores da Censura no Regime Democrático - Artigo completo, n'ODiario.info aqui.
Etiquetas: Nacional, Política
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